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domingo, 25 de dezembro de 2011

IREI

1. Irei até você:
Quando e como
Sei que você
Deve saber.

2. Enquanto você
Sonho e realiza
Saio da minha colina
No próximo crepúsculo.

3. Você é a mulher
Dos meus desígnios.
O Sol entre folhas
Laranjadas de outono.

4. Como poderei entender
Este vasto silêncio
E a estrada percorrida
Neste espaço desconhecido?

Feliz Natal!!!
(Poema do livro Em Busca da Essência, 2001.)

domingo, 18 de dezembro de 2011

LÍRICO QUEBRADO

Perdão! Sem ser submisso.
Inexisto com clareza.
Hoje, no corpo agasalhado,
Como aplausos que doem,
Como lágrimas que derrotam,
Que se doa indistintamente.

Neste momento indissociável,
Frio frequenta minh'alma,
Veloz e botânico.
Tornando-me o esquecido
Que se refugia na música
Da natureza azul e verde.
Sei, são vaidades cotidianas.

Basta de desculpas!
Cálice a cálice o sangue
Alimenta o explorado lírico.
Portanto, humano, núcleo,
Perceptível ao olhar.
........................................
Bem ao longe a folha verde cai
De um livro de poemas
Do poeta Mário Quintana.

(Poema do livro Poesia Sempre, 2005.)

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

FOTOSSÍNTESE

Colhi a folha de um poema errante,
havia lágrimas em seus olhos fúnebres.

Ouvi seu canto de grilo
emergir do pasto.

Atendi seu pedido
de não complicar tanto a poesia.

Faminto:
"Colhi a extasia das manhãs
e comi a claridade."

Aniquilado:
"Já buscava no fundo da folha a
fotossíntese."

(Poema do livro Relevo Azul, 1998.)

domingo, 6 de novembro de 2011

MINHA AMADA IMORTAL

A tempestade.
Somente uma força natural
Que ferisse o tempo
Às manobras do destino.

O amor.
Lança cruel:
Que vem colidir
A alma sublimada
Do gênio da música : Beethoven.

A dor de viver
Em tempos bucólicos... de Revolução.
De atos imprevisíveis, imprescindíveis.
Inescutáveis.
Onde amar é chorar,
É lutar, é sangrar, é sofrer.

Poeta do absurdo, confuso.
Amando verdadeiramente.
Homem que espantou,
Que deixou-se seduzir
Pela fúria da melodia...
Da mulher que o encantou.

O amor do músico.
Só o amor
Dignifica a vida.

Para sempre o século XIX
Será glorificado.
O som,
O cântico dos anjos
Diluindo almas empedradas,
Vindo tecer em nossos corações
Um estado de alfa.
De sobrenatural
Da música imortal
Que adoça a lágrima amarga!

E sempre seremos gratos!

Mesmo quando sorrias e sofrias
Que corrias
Ao sopro do vento,
Da noite estrelada
Para fugir da surra do pai.
Teu sofrimento vai repousar,
Compactuar, misturar,
Banhar-se com as estrelas.
E quem será sua amada imortal?
A mulher que não pode amá-lo.

É o dardo sensível
Do amor paterno
Que orienta Beethoven
Ir ao encontro do filho
Estarrecido e debilitado,
Caído ao chão.

Mas, são os versos de paixão
Da carta secreta que foge da galeria
Do passado e vem
Nos ferir e refazer
A sina fatal
Do homem apaixonado!

As estrelas e o tempo
É que lhe dita o hino
Que emerge da pele
Que vivifica a harmonia
Da orquestra a
Elevação da alma.

(Poema do livro Em Busca da Essência, 2001.)












domingo, 16 de outubro de 2011

MÚSICA AO VENTO

Hoje, escuto a música ao vento
irrigando minha alma.
O gosto da chuva fria
escorrendo pela terra vermelha.

Hoje, chuto a toiça
que resta de infortúnio.
O sereno no campo
com música e vento.

Hoje, passo vago
o passageiro momento
e lúcido o Sol abrevia a tarde.

Sobra a minha alegria
persuadindo o novo momento
a compor e recriar o vento.

(Poema do livro Relevo Azul, 1998.)

domingo, 2 de outubro de 2011

Coordenação


Escalada em família,
à direita, Tidu.

ECONOFÍSICA

Para
Digmas
Dogmas
O que cai
Do céu
Os pés
Na dança
Econofísica
Eco
Orgânico

Exemplo
Arroz
Como é bom!

Diga poesia
Do ar, mar
Do cotidiano
Sem medo

A verdura
Verde
Ver
dade

(Poema do livro Poesia Sempre, 2oo5.)

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

ALGO DE VOCÊ

É olhar
bendito, luz
que me guia
a sonhos de voar.

É parte
integrante, renovável,
do meu corpo,
único pulsar.

É uma paisagem
que não se pode
simplesmente,
tocar.

É fraterno como
a manhã
no Sol
e a noite no luar.

(Poema do livro Poesia Sempre, 2005.)

sábado, 10 de setembro de 2011

CERTO OU ERRADO

Tudo ou nada. O que importa?
A dor intercalou-se totalmente.
Como riso que foge da morte,
Que sangra e explode a mente.

O que vive ou o que cambaleia,
Sem musicalidade, sem voz.
A sinceridade passando longe,
Favorecendo às águas turvas.

O que finge ou sustenta o desaire
Não atravessa continente algum.
Habita no imóvel que repulsa,

O próprio organismo que atrai.
Quem conseguir olhar solidário,
Ao menos terá o que olhou.

(Poema do livro Poesia Sempre, 2005.)

domingo, 28 de agosto de 2011

ESTRELAS

Ouvi-te, poeta!
Ansiando morar nas estrelas!

Vá!

Só retornes quando
a velhice
aspirar
saudade.

(Poema do livro Relevo Azul, 1998.)

domingo, 14 de agosto de 2011

MINHA ALMA

Ao poeta cabe amar,
Amor acima do tempo.
Colher na tempestade
A chama enclausurada
E lançar em terra
A palavra paixão.

Ser uma alma que pertence
Ao pensamento iluminado.
Minh'alma é digna de felicidade,
Minh'alma vive...

Morrer com o amor!
Pela amada, pela pátria!
E antes que a lágrima
Alcance e atinja o coração,
Navegar mares bravios
E sonhar com a musa.

Escrever verso ainda não sonhado
E ao mesmo tempo adorá-la,
Participando da causa de viver
Cuja mensagem são vibrações
Que o ar se encarrega de dizer.

(Poema do livro Poesia Sempre, 2005.)









domingo, 31 de julho de 2011

VITAL

O fôlego nasce da semente
e o âmago suporta a continuação.
A superfície é mista de poros
do sopro primeiro e vital.

O mito passado esconde todo o acervo,
mantido, fluído, nova mensagem.
Quase que completamente sumido
no imaginário solto, raro e profuso.

Como conduto final percorre o microscópico
caminho, ainda livre ou não.
Depois que as venezianas abrem-se ao dia.

Um percurso comum exala a diferença.
E as figuras sobrepõem-se ao degenerado,
vertebrado, vitorioso, enquanto vivo.

(Poema do livro Poesia Sempre, 2005.)

sábado, 23 de julho de 2011

INTEIRA

A Terra
parte a Lua
ao meio.

O amor
parte o coração
ao meio.

O conhecimento
parte a ignorância
ao meio.

O Sol
parte noite-dia
ao meio.

Somente você
duas metades
inteira.

(Poema do livro Poesia Sempre, 2005.)

domingo, 17 de julho de 2011

OUVIR O RIO E O MAR

Ouvir o rio ou ouvir o mar?
Ouvir o rio é ouvir o mar.
Ouviromar é ouvirorio.
Praquem ouvirorio.
Praquem ouviromar.
Ouvirorio é ouviravida do rio
Ouviromar é ouviravida do mar.

Ouvirorio ou ouviromar.
Ouviromar e ouvirorio.
Ouvirorio é ouviromar.
Chuva no ouviromar.
Chuva no ouvirorio.
Riomar, Riomar, Riomar.

(Poema do livro Em Busca da Essência. 2005.)

sexta-feira, 24 de junho de 2011

AGRIDOCE AMOR

A saudade relembra. Então,
Escuto vozes adolescentes com luz própria,
Feito flor que nasce poesia.

A música fluente do vento contendo enigmas
Disperso nos anos, recolhia sentimentos
Fantasias para dentro da memória:
Coração apunhalado pelo horizonte!

Como transcender o amor?
Como aceitar a nobreza elevada do desamor?
Fico aqui contando a minha vida para essa árvore florida
E ferida sobre as impressões digitais do amor!

Esse apelo-afeto forjou-me humano. Deixou
Uma sombra ou melodia de pedidos extremos ao acaso...
Calado suporto o céu com estrelas infinitas
Na rua dos meus desígnios imaturos.

Cachoeiras insessantes despencam do crepúsculo turvo
E na ventania as folhas secas lutam
Por ficarem imóveis, jazendo no tempo
Onde brota a verdade intensa da paixão!

É por amor! Que amor? Invenção agridoce.
Nossos olhos diziam as mesmíssimas intenções
Feito partículas doce de sofrimento.

(Poema do livro Em Busca da Essência, 2005.)

terça-feira, 14 de junho de 2011


Nos dias 11 e 12 de junho, aconteceu em Sombrio, na comunidade Retiro da União mais um ATM - Abertura Temporada de Montanha, um encontro de escalada e montanhismo. Nós, da APCE - estivemos participando. Na foto ao lado estou escalando uma das vias.
Valeu!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

ÍNDIOS DO BRASIL

O grito renasce das cinzas,
resiste subversivo na selva,
imaleável jeito da sorte
na mata descalços voltam

para a taba, bravos do Norte,
Índios do Brasil.

Há quinhentos anos chovendo
nessa floresta improdutiva de ideias;
mas a justiça varre
o coração vermelho com ironia.

Com improsperidade, enfeite e adorno.
Índios do Brasil.

Como perdoar o espírito religioso?
As vãs perseguições políticas?
Óh, Deus! Tu podes perdoar.
Os que afugentam teus filhos.

Duros, livres... nas brenhas.
Índios do Brasil.

É do cacique o brado mais forte.
É na Europa que o sino
primeiro badala: perdão! perdão! perdão!
Não queremos nutrir vossos filhos.

Do passado já foi dardo lançado,
Índios do Brasil!

Lado a lado, homens e mulheres,
seminus, nus, rubros e enfeitados
no ritmo da selva
que o Sol ilumina.

Para o festejo e glória indígena.
Índios do Brasil!

Pouco se faz a esta gente brasileira
do amarelo-ouro da verde mata,
do céu o Cruzeiro do Sul
rebrilham no lago os sorrisos.

Povo bravo, sobrevive e canta.
Índios do Brasil!

(Poema do livro Em Busca da Essência, 2001.)

terça-feira, 31 de maio de 2011

NEO-MAL DO SÉCULO

O poeta fora esquecido, ou
a poesia deixou-se perecer
num estado triste, dolorido,
profundamente ausente, só, por quê?

Ah! Deixará que o poema
desça de imensa altura.
Que aquele sorriso oculte a dor.
O que será do amanhã: "Se eu m... a...".
Se o Sol for assim tão dispensável!?

Para sem vontade de ir e vir,
eis desesperançado.
Flutua e escuta, somente algumas palavras,
da amada não tocada, anjo na pureza,
do sentir minúsculo da grandeza.

À noite no bosque, à noite no cemitério...
dilacerados, convulsos e mortos
de palavras elevadas.
Como se o inatingível fossem vertentes dissolvidas
o pranto em folhas caídas.

(Poema do livro Poesia Sempre, 2005)

sábado, 28 de maio de 2011

SONETO DOS OLHOS LINDOS

Luzia dos olhos lindos, sorrindo,
igualmente belos, quando, chorando.
Escrevo agora o que estou sentindo
mesmo surpreso e acreditando.

Luzia dos olhos lindos, magia,
que me faz sonhar a liberdade.
Meu coração acredita que um dia
poderei te amar de verdade.

Chegaste, ó balsamo de oportuna luz!
Você, que minha alma a povoar
a maravilha do amor induz.

Conforta-me com seu olhar,
quando partires pela porta, indo,
Luzia dos olhos lindos.

(Poema do livro Em Busca da Essência, 2005.)

domingo, 22 de maio de 2011

GRANITO


Esta formação de granito está na praia de Gravatá, na cidade de Laguna - SC. Lugar de boas escaladas.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

AUSENTE

Antes pudesse te recolher desse abismo
e levar luz a seus olhos tristes.
Enfim, não sabes que as estrelas
mais brilhosas do que nunca
estão prontas para ti.

Vê-la, logo, desta distância
através de mil anos luz que nos separam,
vê-la fazendo o que gosta.

Um novo Sol da manhã
plantando a semente na terra
fértil da nova morada.

É alguém, este coração que bate,
em seu peito este ser,
que da escuridão olha-me triste.

(Poema do livro Relevo Azul, 1998.)

sexta-feira, 13 de maio de 2011

O LAMENTO NA TEMPESTADE

A porta
que está aberta ao mundo,
é a horta
que te alimenta
do doce dos seus sonhos.

O labirinto,
causa, da dor de seu sorriso
de sua língua
que canta no farol
tempestuoso de lamentos,
na partida.

O serenoso lago,
agora, crespados pelas lágrimas
que foram sentimentos
que viajariam nuvens,
espera novamente
ventos contorcionistas.

Pelo túnel verde
voltas para casa,
de roupas molhadas
sem pranto
sem alma passada.

Solitária
em verdes pastagens
destaca-se uma rosa
tão rosa,
cheirosa.

(Poema do livro Em Busca da Essência)

sábado, 7 de maio de 2011

MATINAL NUVEM BRANCA

É ilusão, é delírio!
É uma manifestação do coração!
É uma viagem pelo espaço!
É a beleza pura revelada!
O quê? Não estão vendo, logo ali?
É a última viagem antes do infinito!
É um propósito da natureza!
É a realidade estranha, sem limites!
Ainda não viram, como podem?
É um mistério incompreensível!
É a concepção exagerada do deslumbrante!
É uma face que se vela aos poucos!
É a dormência aos nossos anseios!
Busquem-na, pois aos poucos vai sumindo.
É uma arte trazida do espaço!
É a alma do Planeta Terra!
É uma esperança sempre atrás da razão!
É um pedaço da perfeição que flutua pelo
Espaço como se fosse um anjo!
Ela já se vai, mas vai voltar.
É um anjo de rara beleza!
É um nada , é tudo, uma despedida!
É um intenso desafio dos céus!
É brancura, somente brancura.

(Poema do livro Em Busca da Essência, 2001)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

ODE UNIVERSAL

Paz infinita
que preciso
da paz infinita
o mundo precisa.

Acredite no amor
e deixe as açoes negativas
das inimigas nações
no esquecimento.

Paz concreta
que compreendemos
é a mão de Deus
protegendo os inocentes.

Paz agora
e o mundo se transforma
em equilíbrio constante,
luz e vida.

Paz infinita
que preciso
da paz infinita
o mundo precisa.

(1ª parte do poema do livro Em Busca da Essência, 2005.)

domingo, 10 de abril de 2011


Caminhada na trilha do Rio do Boi.
Você precisa ir lá... então você vai saber,
realmente, onde estamos.

domingo, 27 de março de 2011

O POEMA (DOIS)

O poema se finge
no assobio do pássaro
ao ver o sorriso do sol

O poema possui
resquício da paz
desencontrada no mundo

O poema é azul no céu
adentrado no verde
úmido da mata

O poema na voz
que declama emoção
partilha o momento

(Poema do livro Em Busca da Essência,2005.)

sábado, 19 de março de 2011

ODE ALTÍSSIMA

Desconsidere-me neste momento
carne e osso, vegetal.
Visualize o que não lhe digo.

Há versos infinitos já mora
aqui o eu poético.

Ouviremos as mesmas palavras tecendo
os mesmos fios?

Não falaremos do amor
que é guilhotina
cortando veia a veia,
até a última!

Até a última veia em chama!

(Poema do livro Em Busca da Essência, 2001.)

domingo, 13 de março de 2011

BOLSOS DA JAQUETA JEANS

Ao amigo Giba

Amigo, alicerce da construção
real que ilumina manhãs
alegra a passarada
com voo livre da amizade.

O amigo, simplesmente,
inerente ao respirar que vai
recíproco ao pulsar que vem
caminhante do Sol
no oceano, com as mãos
nos bolsos da jaqueta jeans
para a brisa tocar
os pés descalços.

O amigo,
de infinita constelação
de transpor montanhas,
perseguido pelo som
cântico dos sonhos
das trombetas e dos guardiões,
sonhos, que é riso do abraço.

(Poema do livro Em Busca da Essência, 2005.)

terça-feira, 8 de março de 2011

Malaca

O importante em uma trilha não está em chegar em tal ponto, em tal objetivo da montanha, mas, em toda a extensão se prolonga ao nosso redor uma infinita possibilidade de conhecimento e contemplação. Tarcísio

domingo, 6 de março de 2011

CAVALO NO CAMPO

O verso dorme
na noite que sonha,
plenilúnio.

Campo de cima
da serra basalto
pinheiros descortinam
manhãs.

O gavião real
agarra presa.
Cavalo pasta
macega, erva.

Cavalo é selvagem no campo
aberto às vozes sucumbidas.
Arfadas no silêncio,
coxilhas verdejantes.

Minuano semeador
de crina na aragem,
marcas de pata
cavalo no campo.

(Poema gauchesco do livro Em Busca da Essêcia, 2001.)

domingo, 27 de fevereiro de 2011

AMAR

Amar é libertar-se completamente
Da estranha orquestra
Que se apaga na alma.

Amar é distanciar-se completamente
Das cobranças humanas
Que esfriam o coração.

Amar é superar-se completamente
Das próprias fraquezas
Acumuladas na brevidade.

Amar é revolucionar-se completamente
Das condições terrenas
Para evoluir o espírito.

(Poema do livro Poesia Sempre, 2005.)

domingo, 20 de fevereiro de 2011

O VOO DO URUBU

O voo do urubu no vale
de asas estendidas suaves
planando sossegado e leve
em voltas ágeis pela sebe.

Subi a montanha para aprender
como voar no amanhecer.
Os urubus voam brincando
na vertente de ar dançando.

O urubu voa como seta controlada
até o tapete verde do vale instalada.
Descendo ou subindo em voltas feras
em bandos de aves negras.

O voo do urubu no vale
de asas estendidas suaves,
segue a corrente do vento
no tinteiro do firmamento.

(Poema do livro Poesia Sempre, 2005.)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

MULHER EGÍPCIA

Como é bela essa mulher Egípcia!
Seus traços revelam uma rainha.
Como seus passos parecem obedecer
a uma sinfonia primitiva.

Eu quero essa mulher Egípcia!
Seus cabelos compridos castanhos
brincam num ar de carícias
e movimentos que imitam sonhos!

Reservada em seu mundo, sorri,
celestialmente espontânea, ciente
vive cada segundo, agora.

Essa mulher Egípcia é comprometida,
com o arco-íris da primavera
e com as palavras do poeta.

(Poema do livro Em Busca da Essência, 2001.)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Ó MINHA ESCOLA

Ó escola da minha infância
E de muitas outras crianças!
Majestosa ao pé da serra,
És nosso centro de cultura.
Assentada em boa terra
Rodeada pela agricultura.

Ó minha escola como és amiga!
És eterna como a velha cantiga:
"Passarinho bonitinho,
De onde vens e aonde vais tão sozinho,
Nestes ramos que avistamos
Não existe entre as folhas teu ninho".

Abra as janelas e as portas, ó escola!
Bendito é o povo que te consola.
Recordo teus ensinamentos sobre os índios,
Da bondade e do amor de Jesus,
Da Independência do Brasil... teus filhos
Pisam teu chão e observam tua luz!

Ó linda escola do interior
Que tanto estimas o professor:
Em lindas manhãs e tardes belas,
Do verão ou outono,
Do inverno à primavera;
Ensinas com orgulho a ser colono!

Ó escola, jamais serás esquecida.
Pelos teus alunos és querida.
Tantas fotos, lembranças... saudades.
Nos teus abraços tantas alegrias
Em teu sorriso tanta verdade.
Mágica escola nasceste poesia.

Homenagem à Escola Inácio José da Rosa.
(Poema do livro Em Busca da Essência - 2001.)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

SER PENSANTE

O homem é o que pensa.
De pensar e agir a todo instante
uma obsessão o absorve,
uma razão lhe traz vida!

No teor da vida solta-se a sedução,
mesmo temendo seus próprios passos
sente-se livre, entregue ao amor,
como um ser ainda mais amado.

Quando a experiência segue
vai junto a maior beleza.
O instante atual o apavora
e sofre os danos dos erros cometidos.

Neste último verso, é do lavrador
o cheiro da terra virada,
a amável mulher o espera
e as roupas perfumadas pelo sol.

( Poema do livro Relevo Azul, 1998)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

CLÁSSICO

Eu faço versos
olhando a rua torta
de pedras expostas
ao final do dia.

Versos faço eu
ouvindo a música da chuva
diluir-se ao som do rio
que não cessa a disparada.

Faço eu versos
desse cenário real
que despertam sonhos
e espanto de viver.

( Poema do livro Poesia Sempre, 2005.)

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011


Via de escalada Boa Vista, às margens do rio Mampituba, na comunidade de São Roque (Pedra Branca) em Praia Grande SC.

"O nome Boa Vista é por causa da boa vista que se tem do paredão da Pedra Branca."

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

POESIA TRISTE

Colhi a folha de um poema errante,
havia lágrimas em seus olhos fúnebres.

Ouvi seu canto de grilo
emergir do pasto.

Atendi seu pedido de não complicar
tanto a poesia.

Faminto:
- Colhi a extasia das manhãs
e comi a claridade.

Aniquilado:
- Já buscava no fundo da folha
a fotossíntese.

(Poesia do livro Relevo Azul, 1998.)