Total de visualizações de página

domingo, 27 de fevereiro de 2011

AMAR

Amar é libertar-se completamente
Da estranha orquestra
Que se apaga na alma.

Amar é distanciar-se completamente
Das cobranças humanas
Que esfriam o coração.

Amar é superar-se completamente
Das próprias fraquezas
Acumuladas na brevidade.

Amar é revolucionar-se completamente
Das condições terrenas
Para evoluir o espírito.

(Poema do livro Poesia Sempre, 2005.)

domingo, 20 de fevereiro de 2011

O VOO DO URUBU

O voo do urubu no vale
de asas estendidas suaves
planando sossegado e leve
em voltas ágeis pela sebe.

Subi a montanha para aprender
como voar no amanhecer.
Os urubus voam brincando
na vertente de ar dançando.

O urubu voa como seta controlada
até o tapete verde do vale instalada.
Descendo ou subindo em voltas feras
em bandos de aves negras.

O voo do urubu no vale
de asas estendidas suaves,
segue a corrente do vento
no tinteiro do firmamento.

(Poema do livro Poesia Sempre, 2005.)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

MULHER EGÍPCIA

Como é bela essa mulher Egípcia!
Seus traços revelam uma rainha.
Como seus passos parecem obedecer
a uma sinfonia primitiva.

Eu quero essa mulher Egípcia!
Seus cabelos compridos castanhos
brincam num ar de carícias
e movimentos que imitam sonhos!

Reservada em seu mundo, sorri,
celestialmente espontânea, ciente
vive cada segundo, agora.

Essa mulher Egípcia é comprometida,
com o arco-íris da primavera
e com as palavras do poeta.

(Poema do livro Em Busca da Essência, 2001.)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Ó MINHA ESCOLA

Ó escola da minha infância
E de muitas outras crianças!
Majestosa ao pé da serra,
És nosso centro de cultura.
Assentada em boa terra
Rodeada pela agricultura.

Ó minha escola como és amiga!
És eterna como a velha cantiga:
"Passarinho bonitinho,
De onde vens e aonde vais tão sozinho,
Nestes ramos que avistamos
Não existe entre as folhas teu ninho".

Abra as janelas e as portas, ó escola!
Bendito é o povo que te consola.
Recordo teus ensinamentos sobre os índios,
Da bondade e do amor de Jesus,
Da Independência do Brasil... teus filhos
Pisam teu chão e observam tua luz!

Ó linda escola do interior
Que tanto estimas o professor:
Em lindas manhãs e tardes belas,
Do verão ou outono,
Do inverno à primavera;
Ensinas com orgulho a ser colono!

Ó escola, jamais serás esquecida.
Pelos teus alunos és querida.
Tantas fotos, lembranças... saudades.
Nos teus abraços tantas alegrias
Em teu sorriso tanta verdade.
Mágica escola nasceste poesia.

Homenagem à Escola Inácio José da Rosa.
(Poema do livro Em Busca da Essência - 2001.)