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sexta-feira, 30 de julho de 2010

DOMINGO CINZENTO

Domingo cinzento
é para a morte dos bons.

Levemente balançam grandes folhas
de coqueiro na planície cinza.

Dia Cinza, Domingo cinza,
respiro cinza para te receber.

Teu dia final é cinza
não há cantor nem piano
para celebrar... nem poema.

Há, sim, todo dilema
de um dia cinza... a realidade
sufoca-se nessa trégua cinza.

(Poema do livro Relevo Azul, 1998)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

SUBLIME

Sublimei-te, mulher, razão;
e coloquei toda a poesia
como escudo, para proteger nosso amor.

Sublimei-te, mulher, carecido;
e te disse que eras tão bonita,
perfeita natureza. Flor!

Sublimei-te. Colhi orvalhadas tintas
para retratar-te.
Insaciáveis versos lidos.
E caminhei por caminhos que sabia
que você havia percorrido. Amando!

Sublimei-te. Tatuei marcas em fogo
no meu coração, para sempre
amar-te.
"Sublimando".
Como Luz Poética. Paixão!

(Poema do livvro Em Busca da Essência)

sexta-feira, 23 de julho de 2010

DA VIDA

Quando cai a chave
da vida...
Outra chave...
Que não sei como é,
espera... não sei como é.
E... enquanto não cai a chave
da vida...
Sinto o vigor da vida
nutrindo a chave
da vida.

Livro: Em Busca da Essência

quarta-feira, 21 de julho de 2010

EM BUSCA DA ESSÊNCIA

A lua laranja no céu
outra vez invade-me
com seu hálito entorpecente.
Confundo-me no realismo.

Atravesso o oceano serenoso
com luz de luar
numa nau mítica
que leva na proa
uma carranca indígena.

E tenho nas mãos um pasquim
cheio de provas de amor,
um punhado da mais pura essência
para os momentos
de saudade, de solidão e de partilha...

Nada mais que o agora
somente o momento da vida
faz parte de mim!

(Poema do livro Em Busca da Essência, 2001)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

ÁRVORE CENTENÁRIA

Bela e imensa
árvore centenária,
firme e forte embelezando
a cachoeira.

Um dia... mãos assassinas
cortam-lhe o tronco
derrubando-a penhasco a dentro.

Cortados seus galhos,
ferida brilhava...
qual peixe fisgado,
sem casca deslizava mata à fora.

O que ficou para trás na mata perdida?
Raízes profundas,
cepo de dor,
dessecando-se.

Cedro, cedro...
lânguido sangue em suas veias.
Ninguém avista mais
àrvore centenária
e bela na cachoeira.

(Poema do livro Relevo Azul-1998)

sábado, 17 de julho de 2010

O POEMA

O poema se finge
no assobio do pássaro
ao ver o sorriso do sol

O poema possui
resquício da paz
desencontrada no mundo

O poema é azul no céu
adentrado no verde
úmido da mata

O poema na voz
que declama emoção
partilha o momento

(Poema do livro Em Busca da Essência)

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A MUSA DE HOMERO
Numa tarde amena de verão
Onde nuvens se aconchegam nas montanhas
Gregas de Parnaso
O poeta Homero compunha uma poesia
Em meio a canto de pássaros.

O poeta se enche de inspiração
E clama a todos os elementos da natureza
Para que pudesse encontrar belas palavras
E da musa descrever a beleza!

A tudo em volta, clama e recorre a alma
do apaixonado,
E descobre no sorriso da Ninfa,
A metáfora mais suave que ousou ter encontrado,
como cascata descendo a campina.

Ah! Que chama habita na alma desta estrela,
Que em Homero tem seu coração,
Que simpatias que a Musa expressa,
Harmonia, alegria e purificação.

( Poema escolhido do livro Poesia Sempre, Tarcisio Rosa)