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terça-feira, 30 de junho de 2015

ÍNDIOS DO BRASIL (Em Busca da Essência)

O grito renasce das cinzas,
resiste subversivo na selva,
imaleável jeito da sorte
na mata descalços voltam

para a taba, bravos do Norte,
Índios do Brasil.

Há quinhentos anos chovendo
nessa floresta improdutiva de ideias;
mas a justiça varre
o coração vermelho com ironia.

Com improsperidade, enfeite e adorno.
Índios do Brasil.

Como perdoar o espírito religioso?
As vãs perseguições políticas?
Óh, Deus! Tu podes perdoar.
Os que afugentam teus filhos.

Duros, livres... Nas brenhas.
Índios do Brasil.

É do cacique o brado mais forte.
É na Europa que o sino
primeiro badala: perdão! perdão! perdão!
Não queremos nutrir vossos filhos.

Do passado já foi dardo lançado,
Índios do Brasil!

Lado a lado, homens e mulheres,
seminus, nus, rubros e enfeitados
no ritmo da selva
que o Sol ilumina.

Para o festejo e glória indígena.
Índios do Brasil!

Pouco se faz a esta gente brasileira
do amarelo-ouro da verde mata,
do céu o Cruzeiro do Sul
rebrilham no lago os sorrisos.

Povo bravo, sobrevive e canta.
Índios do Brasil!