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terça-feira, 31 de maio de 2011

NEO-MAL DO SÉCULO

O poeta fora esquecido, ou
a poesia deixou-se perecer
num estado triste, dolorido,
profundamente ausente, só, por quê?

Ah! Deixará que o poema
desça de imensa altura.
Que aquele sorriso oculte a dor.
O que será do amanhã: "Se eu m... a...".
Se o Sol for assim tão dispensável!?

Para sem vontade de ir e vir,
eis desesperançado.
Flutua e escuta, somente algumas palavras,
da amada não tocada, anjo na pureza,
do sentir minúsculo da grandeza.

À noite no bosque, à noite no cemitério...
dilacerados, convulsos e mortos
de palavras elevadas.
Como se o inatingível fossem vertentes dissolvidas
o pranto em folhas caídas.

(Poema do livro Poesia Sempre, 2005)

sábado, 28 de maio de 2011

SONETO DOS OLHOS LINDOS

Luzia dos olhos lindos, sorrindo,
igualmente belos, quando, chorando.
Escrevo agora o que estou sentindo
mesmo surpreso e acreditando.

Luzia dos olhos lindos, magia,
que me faz sonhar a liberdade.
Meu coração acredita que um dia
poderei te amar de verdade.

Chegaste, ó balsamo de oportuna luz!
Você, que minha alma a povoar
a maravilha do amor induz.

Conforta-me com seu olhar,
quando partires pela porta, indo,
Luzia dos olhos lindos.

(Poema do livro Em Busca da Essência, 2005.)

domingo, 22 de maio de 2011

GRANITO


Esta formação de granito está na praia de Gravatá, na cidade de Laguna - SC. Lugar de boas escaladas.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

AUSENTE

Antes pudesse te recolher desse abismo
e levar luz a seus olhos tristes.
Enfim, não sabes que as estrelas
mais brilhosas do que nunca
estão prontas para ti.

Vê-la, logo, desta distância
através de mil anos luz que nos separam,
vê-la fazendo o que gosta.

Um novo Sol da manhã
plantando a semente na terra
fértil da nova morada.

É alguém, este coração que bate,
em seu peito este ser,
que da escuridão olha-me triste.

(Poema do livro Relevo Azul, 1998.)

sexta-feira, 13 de maio de 2011

O LAMENTO NA TEMPESTADE

A porta
que está aberta ao mundo,
é a horta
que te alimenta
do doce dos seus sonhos.

O labirinto,
causa, da dor de seu sorriso
de sua língua
que canta no farol
tempestuoso de lamentos,
na partida.

O serenoso lago,
agora, crespados pelas lágrimas
que foram sentimentos
que viajariam nuvens,
espera novamente
ventos contorcionistas.

Pelo túnel verde
voltas para casa,
de roupas molhadas
sem pranto
sem alma passada.

Solitária
em verdes pastagens
destaca-se uma rosa
tão rosa,
cheirosa.

(Poema do livro Em Busca da Essência)

sábado, 7 de maio de 2011

MATINAL NUVEM BRANCA

É ilusão, é delírio!
É uma manifestação do coração!
É uma viagem pelo espaço!
É a beleza pura revelada!
O quê? Não estão vendo, logo ali?
É a última viagem antes do infinito!
É um propósito da natureza!
É a realidade estranha, sem limites!
Ainda não viram, como podem?
É um mistério incompreensível!
É a concepção exagerada do deslumbrante!
É uma face que se vela aos poucos!
É a dormência aos nossos anseios!
Busquem-na, pois aos poucos vai sumindo.
É uma arte trazida do espaço!
É a alma do Planeta Terra!
É uma esperança sempre atrás da razão!
É um pedaço da perfeição que flutua pelo
Espaço como se fosse um anjo!
Ela já se vai, mas vai voltar.
É um anjo de rara beleza!
É um nada , é tudo, uma despedida!
É um intenso desafio dos céus!
É brancura, somente brancura.

(Poema do livro Em Busca da Essência, 2001)