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quinta-feira, 25 de dezembro de 2014


FELIZ NATAL A TODOS OS VISITANTES DO BLOG POEMAS DE TARCÍSIO ROSA!
ODE UNIVERSAL -  1ª parte (Em Busca da Essência)

Paz infinita
que preciso
da paz infinita
o mundo precisa.

Acredite no amor
e deixe as ações negativas
das inimigas nações
no esquecimento.

Paz concreta
que compreendemos
é a mão de Deus
protegendo os inocentes.

Paz agora
e o mundo se transforma
em equilíbrio constante,
luz e vida.

Paz infinita
que preciso
da paz infinita
o mundo precisa.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

O POEMA II (Em Busca da Essência)

O poema se finge
no assobio do pássaro
ao ver o sorriso do sol

O poema possui
resquício da paz
desencontrada no mundo

O poema é azul no céu
adentrado no verde
úmido da mata

O poema na voz
que declama emoção
partilha o momento

sábado, 27 de setembro de 2014

ODE ALTÍSSIMA (Em Busca da Essência)

Desconsidere-me neste momento
carne e osso, vegetal.
Visualize o que não lhe digo.

Há versos infinitos já mora
aqui o eu poético.

Ouviremos as mesmas palavras tecendo
os mesmos fios?

Não falaremos do amor
que é guilhotina

cortando veia a veia,
até a última!

Até a última veia em chama!

sábado, 23 de agosto de 2014

BOLSOS DA JAQUETA JEANS (Em Busca da Essência)

Ao amigo Giba

Amigo, alicerce da construção
real que ilumina manhãs
alegra a passarada
com voo livre da amizade.

O amigo, simplesmente,
inerente ao respirar que vai
recíproco ao pulsar que vem
caminhante do Sol
no oceano, com as mãos
nos bolsos da jaqueta jeans
para a brisa tocar
os pés descalços.

O amigo,
de infinita constelação
de transpor montanhas,
perseguido pelo som
cântico dos sonhos
das trombetas e dos guardiões,
sonhos, que é riso do abraço.


terça-feira, 29 de julho de 2014

CAVALO NO CAMPO (Poesia Sempre)

O verso dorme
na noite que sonha,
plenilúnio.

Campo de cima
da serra basalto
pinheiros descortinam
manhãs.

O gavião real
agarra presa.
Cavalo pasta
macega, erva.

Cavalo é selvagem no campo
aberto às vozes sucumbidas.
Arfadas no silêncio,
coxilhas verdejantes.

Minuano semeador
de crina na aragem,
marcas de pata
cavalo no campo.

sábado, 5 de julho de 2014

AMAR (Poesia Sempre)


Amar é libertar-se completamente
Da estranha orquestra
Que se apaga na alma.

Amar é distanciar-se completamente
Das cobranças humanas
Que esfriam o coração.

Amar é superar-se completamente
Das próprias fraquezas
Acumuladas na brevidade.

Amar é revolucionar-se completamente
Das condições terrenas
Para evoluir o espírito.

terça-feira, 24 de junho de 2014

O VOO DO URUBU (Poesia Sempre)

O voo do urubu no vale
de asas estendidas suaves
planando sossegado e leve
em voltas ágeis pela sebe.

Subi a montanha para aprender
como voar no amanhecer.
Os urubus voam brincando
na vertente de ar dançando.

O urubu voa como seta controlada
até o tapete verde do vale instalada.
Descendo ou subindo em voltas feras
em bandos de aves negras.

O voo do urubu no vale
de asas estendidas suaves,
segue a corrente do vento
no tinteiro do firmamento.


sábado, 7 de junho de 2014

MULHER EGÍPCIA (Em Busca da Essência)


Como é bela essa mulher Egípcia!
Seus traços revelam uma rainha.
Como seus passos parecem obedecer
a uma sinfonia primitiva.

Eu quero essa mulher Egípcia!
Seus cabelos compridos castanhos
brincam num ar de carícias
e movimentos que imitam sonhos!

Reservada em seu mundo, sorri,
celestialmente espontânea, ciente
vive cada segundo, agora.

Essa mulher Egípcia é comprometida,
com o arco-íris da primavera
e com as palavras do poeta.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

ÓH! MINHA ESCOLA (Em Busca da Essência)
Homenagem à escola Inácio José da Rosa

Ó escola da minha infância
E de muitas outras crianças!
Majestosa ao pé da serra,
És nosso centro de cultura.
Assentada em boa terra
Rodeada pela agricultura.

Ó minha escola como és amiga!
És eterna como a velha cantiga:
"Passarinho bonitinho,
De onde vens e aonde vais tão sozinho,
Nestes ramos que avistamos
Não existe entre as folhas teu ninho".

Abra as janelas e as portas, ó escola!
Bendito é o povo que te consola.
Recordo teus ensinamentos sobre os índios,
Da bondade e do amor de Jesus,
Da Independência do Brasil... teus filhos
Pisam teu chão e observam tua luz!

Ó linda escola do interior
Que tanto estimas o professor:
Em lindas manhãs e tardes belas,
Do verão ou outono,
Do inverno à primavera;
Ensinas com orgulho a ser colono!

Ó escola, jamais serás esquecida.
Pelos teus alunos és querida.
Tantas fotos, lembranças... saudades.
Nos teus abraços tantas alegrias
Em teu sorriso tanta verdade.
Mágica escola nascestes poesia.


quinta-feira, 17 de abril de 2014

SER PENSANTE (Relevo Azul)

O homem é o que pensa.
De pensar e agir a todo instante
uma obsessão o absorve,
uma razão lhe traz vida!

No teor da vida se solta à sedução,
mesmo temendo seus próprios passos
sente-se livre, entregue ao amor,
como um ser ainda mais amado.

Quando a experiência segue
vai junto à maior beleza.
O instante atual o rememora
e sofre os danos dos erros cometidos.

Neste último verso, é do lavrador
o cheiro da terra virada,
a amável mulher o espera
e as roupas perfumadas pelo sol.

domingo, 6 de abril de 2014

CLÁSSICO (Poesia Sempre)

Eu faço versos
olhando a rua torta
de pedras expostas
ao final do dia.

Versos faço eu
ouvindo a música da chuva
diluir-se ao som do rio
que não cessa a disparada.

Faço eu versos
desse cenário real
que despertam sonhos
e espanto de viver.

domingo, 9 de março de 2014

POESIA TRISTE (Relevo Azul)
              

Colhi a folha de um poema errante,
havia lágrimas em seus olhos fúnebres.

Ouvi seu canto de grilo
emergir do pasto.

Atendi seu pedido de não complicar
tanto a poesia.

Faminto:
- Colhi a extasia das manhãs
e comi a claridade.

Aniquilado:
- Já buscava no fundo da folha
a fotossíntese.


sábado, 22 de fevereiro de 2014

RIO MOLHA COCO (Poesia Sempre)

Das cachoeiras altíssimas
Na mata atlântica beira o planalto
Nasce o Rio Molha Coco
Que desce lapidando rochas de basalto.
Cascatas serpenteando o perau
Profundo de sombras em burrifos
Insistentemente, cantarolando hino da águas
Penhascos adentram mistérios infindam.
De queda a queda o Rio Molha Coco
Exalta-se na repentina encruzilhada.
Acha o irmão Rio Índios Coroados
Que embalado ia passando em disparada.
Rio de encher às vistas fotografando
A mente, a caverna do trovão azul
Suspendida por imensa pedra
Grossa árvore estendida ao Sul.
O Rio Molha Coco desce borbulhante
Com águas cristalinas esmeraldas
Dependendo da barranca e a estação
Sob o desfecho do tempo, a enxurrada.

Xiiiiiiiiiii, Xuááááááááááá!

Xiiiiiiiiiii, Xuááááááááááá!

O Rio Molha Coco é arco-íris na primavera
Brincadeiras, banhos, namoros e pescarias,
Aventura de jangada. E espera,
À noite fogueira ao luar.
Raso o curso do rio é uma praia
Dos seixos rolados, momentânea paisagem
Do absoluto impacto mutante, natural
Inquieta natureza, presente imagem.
Indo descendo o Rio Molha Coco.
Margeado por rica flora verde, flores
E frutos silvestres de flora ainda não extinta...
O Catacho (Martim- pescador) rouba a cena agora,
Por um futuro melhor quem pinta.
As pedras do formoso rio são preciosas
Ou semipreciosas conforme da cor o olhar
A admiração ou relevo em prismas
De brilhante carvão na pedreira a rolar.
Paradas ou diluídas, ágata, ametista
Tão trincado e imutável, à vista,
Como as águas deslizam fendas do passado.

Xiiiiiiiiiiiiiiiiii, Xuááááááááááááááá!
Xiiiiiiiiiiiiiiiiii, Xuááááááááááááááá!

E queres cruzar a ponte de arame (ou pêncil)
Acesso livre à trilha dos tropeiros
"Serra Velha" de passar tropas de mulas
De mercadorias carregados os cargueiros.
Volto ao Rio Molha Coco, ora calmo,
Ora agitado, o dia inteiro correntoso.
A primeira comunidade é Vila Rosa
Onde os colonizadores vieram desbravar.
Fizeram moinhos, tafonas,
Descascadores de arroz
O rio a roda d'água fez girar.
O rio é da terra - fundas escavações.
O ser humano é que o polui,
Que detona feroz a mata ciliar,
O esgoto, o lixo, o agrotóxico...
É hora do falso discurso calar.

Xiiiiiiiiiiiiiiii, Xuááááááááááá!
Xiiiiiiiiiiiiiiii, Xuááááááááááá!

No verão o céu é uma fonte d'água,
Depois da chuvarada a chuva insistente,
Novo bramido chuvoso acontece
Quando transborda o rio de repente.
Avança qual transeunte bêbado
Pela estrada de chão geral,
Enfrenta o que há em sua frente
Causando aos espectadores espanto total.
Invade as terras do Velho Inácio
E quase entra no salão de festas,
A igreja ao alto está à salva.
Também a majestosa escolinha espia quieta.
Nesse instante espetacular faz parte
O Rio Molha Coco da estrada barrenta,
Visita desajeitada várias portas das casas.
Ah! Improvisado caminho que ladeia o rio,
Até o cemitério quase não escapa.
Em tempo de enchente o belo
e espantoso desaguar na estrada.

Xiiiiiiiiiiiiiiii! Xuáááááááááááááá!
Xiiiiiiiiiiiiiiii! Xuáááááááááááááá!

O Rio Molha Coco é muito apreciado
Para banhos refrescantes...
E passa por trás de outra vila agradável
"Pé da Serra" de aspecto exuberante.
É para bem pintar que este poema singelo
Fugiu da lírica enxugada
Por arremeter-se nos cipós e terra
Que vivem vários peixes dessa água.
O Rio Molha Coco vai terminando
Sua principal jornada no Rio Mampituba
Que divide o estado gaúcho e catarinense
Onde num redemoinho de água se encontram.
Assim é mágica, é unida a natureza
De gota a gota faz o riozão.
E sempre se completa em beleza
O ciclo natural da criação.
O mar está longe, o Rio Molha Coco
Chegou em Praia Grande espraiado o cênico,
avolumando as águas do rio serpentuoso
Dando mais vida a "Cidade dos Cânions".

Xiiiiiiiiiiiiiiii! Xuááááááááááá!
Xiiiiiiiiiiiiiiii! Xuááááááááááá!

domingo, 26 de janeiro de 2014

CREPÚSCULO DA LUA (Poesia Sempre)


No crepúsculo da Lua
nasce o verdadeiro frio
ainda não fecundado, oscilado,
germinado, ambientado.

No crepúsculo da Lua
no místico cânion Malacara,
Jesus Cristo está na natureza,
caminhando com os aventureiros.

No crepúsculo da Lua
algo para ouvindo a existência;
a noite reconstrói paradigmas e o alquimista
defronta-se com o orvalho quântico.

No crepúsculo da Lua,
o esquecimento é dono da REALIdade
e os sonhos das pessoas
são sonhos de verdade.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

NATUREZA: O MANIFESTO - a Rodrigo R. da Rosa (Em Busca da Essência)

 

Até que dia o homem e a mulher precisarão ser
bitolados, mandados, policiados,
para assistir conscientemente à transformação
do seu meio ambiente?

Haverá um dia em que todos os homens e mulheres
nascerão para cuidar da natureza?
Nascerão e por vontade e decisão própria
preservarão a natureza?
Nascerão amando o Planeta Terra,
livres e espontâneos,
sem obrigação nenhuma?

Os homens e as mulheres
transformam paisagem em quadro,
imortalizam uma bela cascata:
"... O que Deus criou para ser eterno".

A natureza... pássaros voando, cantando
ao amanhecer como os sabiás;
animais livres pela vegetação rupestre,
verdejante, como os lobos;
animais livres, alimentando-se das sementes,
das folhas, como os bugios;
saciando a sede na água pura, límpida
dos córregos e arroios que transpassam a floresta;
animais livres que repousam nos galhos,
troncos das árvores;
ou em fendas nas escarpas
altíssimas, como os urubus;
ou em tocas no solo fértil
da mata atlântica, como os tatus;
animais livres, de vida noturna, na mata ciliar,
na encosta da Serra Geral, como o puma.

Que toda essa natureza não seja no futuro,
apenas um quadro retratado por um artista!
O ser humano, privilegiado,
faz o grande e irreversível caos.
A natureza é frágil
pela brutalidade do homem de hoje!
Que desmata por ganância!
Que polui por cobiça!
Que caça pelo prazer de matar!

É tempo de o homem abrir os olhos
dentro dele está à mudança
para preservar o que ainda resta,
desse magnífico presente, que é a natureza!

E assim as gerações futuras possam,
como nós, apreciar,
toda a biodiversidade do planeta.

E encorajados, digam, impeçam, gritem,
lutem, defendam a favor
da vida dos animais,
das plantas, das belezas naturais,
para que, por sua causa, não se extingam!

O ato de um homem ou de uma mulher,
em favor da natureza,
é motivo de honra
e valor de alma!
Digno de ser humano
refletindo a existência de sua própria vida.