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sexta-feira, 24 de junho de 2011

AGRIDOCE AMOR

A saudade relembra. Então,
Escuto vozes adolescentes com luz própria,
Feito flor que nasce poesia.

A música fluente do vento contendo enigmas
Disperso nos anos, recolhia sentimentos
Fantasias para dentro da memória:
Coração apunhalado pelo horizonte!

Como transcender o amor?
Como aceitar a nobreza elevada do desamor?
Fico aqui contando a minha vida para essa árvore florida
E ferida sobre as impressões digitais do amor!

Esse apelo-afeto forjou-me humano. Deixou
Uma sombra ou melodia de pedidos extremos ao acaso...
Calado suporto o céu com estrelas infinitas
Na rua dos meus desígnios imaturos.

Cachoeiras insessantes despencam do crepúsculo turvo
E na ventania as folhas secas lutam
Por ficarem imóveis, jazendo no tempo
Onde brota a verdade intensa da paixão!

É por amor! Que amor? Invenção agridoce.
Nossos olhos diziam as mesmíssimas intenções
Feito partículas doce de sofrimento.

(Poema do livro Em Busca da Essência, 2005.)

terça-feira, 14 de junho de 2011


Nos dias 11 e 12 de junho, aconteceu em Sombrio, na comunidade Retiro da União mais um ATM - Abertura Temporada de Montanha, um encontro de escalada e montanhismo. Nós, da APCE - estivemos participando. Na foto ao lado estou escalando uma das vias.
Valeu!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

ÍNDIOS DO BRASIL

O grito renasce das cinzas,
resiste subversivo na selva,
imaleável jeito da sorte
na mata descalços voltam

para a taba, bravos do Norte,
Índios do Brasil.

Há quinhentos anos chovendo
nessa floresta improdutiva de ideias;
mas a justiça varre
o coração vermelho com ironia.

Com improsperidade, enfeite e adorno.
Índios do Brasil.

Como perdoar o espírito religioso?
As vãs perseguições políticas?
Óh, Deus! Tu podes perdoar.
Os que afugentam teus filhos.

Duros, livres... nas brenhas.
Índios do Brasil.

É do cacique o brado mais forte.
É na Europa que o sino
primeiro badala: perdão! perdão! perdão!
Não queremos nutrir vossos filhos.

Do passado já foi dardo lançado,
Índios do Brasil!

Lado a lado, homens e mulheres,
seminus, nus, rubros e enfeitados
no ritmo da selva
que o Sol ilumina.

Para o festejo e glória indígena.
Índios do Brasil!

Pouco se faz a esta gente brasileira
do amarelo-ouro da verde mata,
do céu o Cruzeiro do Sul
rebrilham no lago os sorrisos.

Povo bravo, sobrevive e canta.
Índios do Brasil!

(Poema do livro Em Busca da Essência, 2001.)