Total de visualizações de página

sábado, 24 de outubro de 2015

OUVIR O RIO E O MAR (Em Busca da Essência)


Ouvir o rio ou ouvir o mar?
Ouvir o rio é ouvir o mar.
Ouviromar é ouvirorio.
Praquem ouvirorio.
Praquem ouviromar.
Ouvirorio é ouviravida do rio
Ouviromar é ouviravida do mar.

Ouvirorio ou ouviromar.
Ouviromar e ouvirorio.
Ouvirorio é ouviromar.
Chuva no ouviromar.
Chuva no ouvirorio.
Riomar, Riomar, Riomar.

sábado, 19 de setembro de 2015

AGRIDOCE AMOR (Em Busca da Essência)


A saudade relembra. Então,
Escuto vozes adolescentes com luz própria,
Feito flor que nasce poesia.

A música fluente do vento contendo enigmas
Disperso nos anos, recolhia sentimentos
Fantasias para dentro da memória:
Coração apunhalado pelo horizonte!

Como transcender o amor?
Como aceitar a nobreza elevada do desamor?
Fico aqui contando a minha vida para essa árvore florida
E ferida sobre as impressões digitais do amor!

Esse apelo-afeto forjou-me humano. Deixou
Uma sombra ou melodia de pedidos extremos ao acaso...
Calado suporto o céu com estrelas infinitas
Na rua dos meus desígnios imaturos.

Cachoeiras incessantes despencam do crepúsculo turvo
E na ventania as folhas secas lutam
Por ficarem imóveis, jazendo no tempo
Onde brota a verdade intensa da paixão!

É por amor! Que amor? Invenção agridoce.
Nossos olhos diziam as mesmíssimas intenções
Feito partículas doce de sofrimento.

domingo, 19 de julho de 2015

INSPIRAÇÃO SOMBRIA (Novos poemas)

Por estas horas desta noite escura,
Ecoa na encosta o trovão feroz.
A cada raio que ilumina o canyon
Mais se espelha o destino atroz.

É cedo ainda para encontrar a chuva,
Pois longe passa a tempestade nova.
E fica o calor que um dia inunda,
Perdura na noite que está lá fora.

O perau absorve a força noturna,
Dos relâmpagos que esconde a estrela.
Tamanha é a luz da nova aventura

Por estas horas deste insano clima
Pintando o céu de breu e beleza
Todos somos irmãos desta doce cina.

terça-feira, 30 de junho de 2015

ÍNDIOS DO BRASIL (Em Busca da Essência)

O grito renasce das cinzas,
resiste subversivo na selva,
imaleável jeito da sorte
na mata descalços voltam

para a taba, bravos do Norte,
Índios do Brasil.

Há quinhentos anos chovendo
nessa floresta improdutiva de ideias;
mas a justiça varre
o coração vermelho com ironia.

Com improsperidade, enfeite e adorno.
Índios do Brasil.

Como perdoar o espírito religioso?
As vãs perseguições políticas?
Óh, Deus! Tu podes perdoar.
Os que afugentam teus filhos.

Duros, livres... Nas brenhas.
Índios do Brasil.

É do cacique o brado mais forte.
É na Europa que o sino
primeiro badala: perdão! perdão! perdão!
Não queremos nutrir vossos filhos.

Do passado já foi dardo lançado,
Índios do Brasil!

Lado a lado, homens e mulheres,
seminus, nus, rubros e enfeitados
no ritmo da selva
que o Sol ilumina.

Para o festejo e glória indígena.
Índios do Brasil!

Pouco se faz a esta gente brasileira
do amarelo-ouro da verde mata,
do céu o Cruzeiro do Sul
rebrilham no lago os sorrisos.

Povo bravo, sobrevive e canta.
Índios do Brasil!

terça-feira, 12 de maio de 2015

NEO-MAL DO SÉCULO (Poesia Sempre)

 


O poeta fora esquecido, ou
a poesia deixou-se perecer
num estado triste, dolorido,
profundamente ausente, só, por quê?

Ah! Deixará que o poema
desça de imensa altura.
Que aquele sorriso oculte a dor.
O que será do amanhã: "Se eu m... a...".
Se o Sol for assim tão dispensável!?

Para sem vontade de ir e vir,
eis desesperançado.
Flutua e escuta, somente algumas palavras,
da amada não tocada, anjo na pureza,
do sentir minúsculo da grandeza.

À noite no bosque, à noite no cemitério...
dilacerados, convulsos e mortos
de palavras elevadas.
Como se o inatingível fossem vertentes dissolvidas
o pranto em folhas caídas.

domingo, 12 de abril de 2015

SONETO DOS OLHOS LINDOS (Em Busca da Essência)


Luzia dos olhos lindos, sorrindo,
igualmente belos, quando, chorando.
Escrevo agora o que estou sentindo
mesmo surpreso e acreditando.

Luzia dos olhos lindos, magia,
que me faz sonhar a liberdade.
Meu coração acredita que um dia
poderei te amar de verdade.

Chegaste, ó balsamo de oportuna luz!
Você, que minha alma a povoar
a maravilha do amor induz.

Conforta-me com seu olhar,
quando partires pela porta, indo,
Luzia dos olhos lindos.

sábado, 21 de março de 2015

AUSENTE (Relevo Azul)

Antes pudesse te recolher desse abismo
e levar luz a seus olhos tristes.
Enfim, não sabes que as estrelas
mais brilhosas do que nunca
estão prontas para ti.

Vê-la, logo, desta distância
através de mil anos luz que nos separam,
vê-la fazendo o que gosta.

Um novo Sol da manhã
plantando a semente na terra
fértil da nova morada.

É alguém, este coração que bate,
em seu peito este ser,
que da escuridão olha-me triste.

sábado, 7 de março de 2015

O LAMENTO NA TEMPESTADE (Em Busca da Essência)


A porta
que está aberta ao mundo,
é a horta
que te alimenta
do doce dos seus sonhos.

O labirinto,
causa, da dor de seu sorriso
de sua língua
que canta no farol
tempestuoso de lamentos,
na partida.

O serenoso lago,
agora, crespados pelas lágrimas
que foram sentimentos
que viajariam nuvens,
espera novamente
ventos contorcionistas.

Pelo túnel verde
voltas para casa,
 roupas molhadas
sem pranto
sem alma passada.

Solitária
em verdes pastagens
destaca-se uma rosa
tão rosa,
cheirosa.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

MATINAL NUVEM BRANCA (Em Busca da Essência)

É ilusão, é delírio!
É uma manifestação do coração!
É uma viagem pelo espaço!
É a beleza pura revelada!
O quê? Não estão vendo, logo ali?
É a última viagem antes do infinito!
É um propósito da natureza!
É a realidade estranha, sem limites!
Ainda não viram como podem?
É um mistério incompreensível!
É a concepção exagerada do deslumbrante!
É uma face que se vela aos poucos!
É a dormência aos nossos anseios!
Busquem-na, pois aos poucos vai sumindo.
É uma arte trazida do espaço!
É a alma do Planeta Terra!
É uma esperança sempre atrás da razão!
É um pedaço da perfeição que flutua pelo
Espaço como se fosse um anjo!
Ela já se vai, mas vai voltar.
É um anjo de rara beleza!
É um nada, é tudo, uma despedida!
É um intenso desafio dos céus!

É brancura, somente brancura.