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sábado, 4 de setembro de 2010

MOINHO

Do sonho
engenheiro
à criança
e na realidade
moinho te edifico
em toda pelnitude.

É um moinho de sonho
funcionando
dia frio
correias batem
na noite
abate o silênciio
canção d'água
roda embriagada.

Do teto ao chão
sombra e luz de candeeiro
desde o crepúsculo
até o amanhecer
o milho se rende
à prensa
a farinha desce fina
no vaporoso depósito.

Moinho
águas te agitam
dão-te passagem
abrem-se comportas
velocidade e força
usina
dê vida ao sonho
de menino
construindo em seu coração
concreto
que a morte não dissipa.

Ideal gira giro Planeta
em tua arquitetura
telhas francesas
costaneira é a tua varanda
parede de pedra
te transforma
cipós, limos, cepos.

Rangem as janelas
mastigo doce milho
moinho te edifico
em toda plenitude.

(Livro Relevo Azul, 1998)

3 comentários:

  1. Este poema é o nono poema do livro Relevo Azul, publicado em 1998. Há muitas pessoas que se identificam com este poema, principalmente os mais velhos que já chegaram a ver um moinho antigo funcionando. Então, pode ser um poema saudosista,para mim, de um passado que eu não vivi.

    Boa leitura,
    Obrigado,
    Tarcísio.

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  2. Ótimo poema!

    Lembra minha infância.
    As vertentes da vida pulsam em várias direções...

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  3. Belo poema;
    Parabéns!

    Abraço amigo,

    ADRIANO GONÇALVES
    Escritor
    Sombrio/SC

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