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sábado, 28 de setembro de 2013

AGRIDOCE AMOR (Em Busca da Essência)

A saudade relembra.
Então, escuto
Vozes adolescentes
Com luz própria,
Feito flor que nasce poesia!

A música fluente do vento
Contendo enigmas,
Dispersos em anos,
Recolhia sentimentos, fantasias
Para dentro da memória:
Coração apunhalado pelo horizonte!

Como transcender o amor?
Como aceitar a nobreza
Elevada
Do desamor?

Fico aqui contando
A minha vida
Para essa árvore florida
E ferida
Sobre as impressões digitais do amor!

Esse apelo-afeto forjou-me humano.
Deixou uma sombra
Ou melodia
De pedidos extremos
Ao acaso...
Calado, suporto o céu
Com estrelas infinitas
Na rua de meus desígnios imaturos.

Cachoeiras incessantes despencam
Do crepúsculo turvo,
E na ventania as folhas
Secas lutam
Por ficarem imóveis,
Jazendo no tempo
Onde brota a verdade da paixão!

É por amor! Que amor?
Invenção agridoce.
Nossos olhos diziam as mesmíssimas
Intenções feito partículas
Doce de sofrimento.

Em nosso ser, o outono
fixou morada.
E coexiste, puro
No passado adolescido
O cheiro, o gosto,
E a suavidade das palavras.


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