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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

DÊ SILÊNCIO
(A João Cabral de Melo Neto)

Passam agora as asas da poesia.
Enormes penas coloridas de mil desenhos, faces, sons...

Fazer poesia, criar, que alegria: janela fria.

Sei que chegou fecundando,
plantando novos poemas,
novas flores e sementes invadiram o mundo,
com novas propostas sociais
nas suas matizes de raios e gotas.

No sepulcro do poeta?
A palavra dita... na lida,
lido, o pensamento oculto habita.

A liberdade voa.
As palavras devem voar,
pertencente a qualquer floresta,
ser de qualquer aresta.

Importa o poema
predador racional,
onírico do possível.

(Poema do livro Em Busca da Essência, 2001.
 Poema escrito em Cachoeira do Sul, RS,
na noite que eu soube da morte do poeta.)

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